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domingo, 4 de julho de 2010

Morcego

"Hoje não vi o sol.
Nem sei as cores que o dia mostrou.
O Azul do céu junto com suas nuvens brancas, verde em toda parte e o amarelo encerra a arte.
O que perdi não vendo as matizes?
Já sei o que sou!
Agora só falta teu sangue. Retiro sua essencia, me sinto renovado.
Restauro as energias, faço ronda em busca de algo novo.
Tenho você dentro de mim. Agora temos somente um único sangue.
Andemos pela sombra, quanto mais escuro melhor. Assim não vejo, falo, convivo com ninguém.
Se quiser podemos ir voando, não cairemos em buracos, não desviaremos nossos caminhos.
Basta gritar que te encontro. O mais agudo e alto que puder, é assim que me desperto.
A hora passa e vejo tudo clareando.
Corra, se esconda! Nosso tempo já passou.
Você não vem? Mas me pertences agora!
O céu está alaranjado, que cor é essa?
Preciso ir, volto para escuridão e à solidão.
Hoje não vi o sol..."

Hermano Villar

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